DESAFIOS ENFRENTADOS POR VASCO FERNANDES COUTINHO FRENTE Á OCUPAÇÃO TERRITORIAL DA CAPITANIA DO ESPÍRITO SANTO
Vasco Fernandes Coutinho foi um militar oriundo de uma família de
fidalgos portugueses, se destacou nas Índias e era reconhecido pela sua
bravura. Vasco sempre ocupou cargos de confiança e demostrou maestria nas suas
ações. Portanto, em 1534 recebeu de Dom João III uma carta de doação de uma
capitania hereditária no Brasil com a obrigação de colonizar e desenvolver
algumas atividades que eram impostas pela Coroa Real.
Desse
modo, aceitando a concessão Coutinho vende suas propriedades e organiza uma
expedição rumo à colônia. Logo, parte de Portugal com um contingente de
sessenta pessoas.
Depois
de meses à deriva, a expedição dos portugueses chegam a Capitania do Espírito
Santo, mais precisamente no Morro do Moreno e são recepcionados com flechadas
dos nativos. Diante disso, era possível observar que os problemas só estavam
começando entre os dois grupos.
Ilustração de Vasco Fernandes Coutinho
Fonte: Wikipedia
Os
portugueses ficaram encurralados ao litoral e tiveram que migrar para a Ilha de
Santo Antônio, atual Vitória, onde estariam melhor protegidos. Vasco construiu fortes, capelas, casas e
distribuiu sesmarias. Entretanto, era preciso efetivar a colonização por toda a
capitania. Haviam duas saídas, a extração de recursos naturais e a produção de
açúcar para exportação. Para tal, o governador retornara a metrópole para
conseguir pessoas e investimento. Voltando a capitania, encontou seu território
devastado, indígenas fortalecidos e portugueses desmotivados. Tomé de Souza,
governador-geral do Brasil, faz esforços para reverter o quadro e fornece
armamentos. Assim como, uma missão jesuíta.
Em
seus últimos empenhos para manter a capitania Vasco Fernandes Coutinho ficara
cercado por indígenas na Ilha de Vitória e teve de ser salvo por seu filho Mem de Sá.
Portando, é possível notar que o donatário não conseguiu efetivar sua liderança
frente à capitania, ou seja, não conquistou reconhecimento dos nativos.
Igualmente, a política brasileira atual está passando por esse processo, onde
os objetivos governamentais estão em contraponto aos objetivos sociais e por conta
disso está havendo atrito e rejeição aos representantes. Outro ponto, Coutinho
não conseguiu desenvolver uma economia consistente, assim como o Brasil do
século XXI, que assiste uma enorme crise econômica que atinge os mais afastados
do topo da pirâmide social.
Texto escrito por Carlos Eduardo Dumer Ferrari, graduando do curso de licenciatura em História da Faculdade Castelo Branco
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